há 9 horas
Heryvelton Martins

A neblina intensa observada em Ponta Grossa nesta sexta-feira (12) resulta da combinação entre o resfriamento noturno rápido e o aumento da umidade relativa do ar, típico após a passagem de um ciclone extratropical que afetou o Paraná nos últimos dias. Esse sistema, que provocou ventos acima de 50 km/h na região — como os 52,6 km/h registrados localmente —, deixou uma massa de ar úmido e instável, saturando a atmosfera próxima ao solo e formando a névoa densa.
A topografia dos Campos Gerais, com elevações e vales, agrava o aprisionamento dessa umidade, especialmente em madrugadas frias seguidas de nebulosidade.
Previsões do Simepar e Climatempo indicam que o tempo permanece instável, com chuvas fracas e probabilidades acima de 80% ao longo do dia, mantendo temperaturas entre 14°C e 23°C e umidade elevada próxima de 90%. Motoristas enfrentam riscos em rodovias como a BR-376, onde neblina e garoa demandam redução de velocidade, conforme alertas recentes de grupos locais. A Defesa Civil recomenda cautela, pois o fenômeno pode persistir até sábado, com rajadas de vento de até 32 km/h.
Embora incomum para dezembro, a neblina não sinaliza necessariamente calor extremo posterior — ditado popular como “neblina que baixa, sol que racha” varia conforme o tipo de nevoeiro, aqui ligado a sistemas frontais úmidos em vez de massas secas. Moradores registram o cenário em redes sociais, destacando o contraste com o verão incipiente, mas sem impactos graves reportados até o momento. Autoridades monitoram para evitar transtornos como os vistos em episódios passados de baixa visibilidade.