Os trabalhadores dos Correios de Ponta Grossa realizaram um novo protesto durante a manhã desta sexta-feira (19), em frente à sede dos Correios em Ponta Grossa. A ação segue o protesto de caráter nacional, onde sindicatos de 12 estados, incluindo Paraná, São Paulo e Rio Grande do Sul, declararam greve na última quarta-feira (17).

No protesto, os trabalhadores estenderam faixas com os dizeres 'estamos em greve'. A equipe do D´Ponta News esteve presente no local e conversou com os trabalhadores. Um dos entrevistados foi Eduardo Lopes Sirino, representante do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Ponta Grossa. (Sintcom-PR), que explicou o motivo pelo qual a greve foi instaurada.

"Nós, aqui de Ponta Grossa, entramos em greve devido ao que ocorre desde 1º de agosto, na nossa data-base, em que os Correios não apresentaram nenhuma proposta para os trabalhadores. Nós apresentamos várias propostas para que não chegássemos às greves, mesmo assim a empresa não aceitou", destacou Eduardo.

Conforme explicou o carteiro, a empresa está promovendo um ataque contra os trabalhadores por conta de eventos que estão ocorrendo nos Correios, como as questões de má administração e má investimentos, como destaca o trabalhador.

"Estamos reivindicando os nossos direitos, porque a empresa está vindo com ataque para cima do trabalhador, querendo tirar pautas históricas que o trabalhador tem. Isso está ocorrendo devido à má administração e mau investimento nos últimos anos na empresa. Somos nós, como trabalhadores, que fazemos acontecer. Entregamos correspondência, entregamos encomenda. Mantemos essa empresa aqui, pública, graças ao nosso esforço," destacou o carteiro.

Por fim, Eduardo reforça à população que os Correios são uma empresa pública, criada para atender a população em todo canto do Brasil, e não para dar 'rios de dinheiro' a empresários ou a administradores que, segundo sua fala, querem atacar os direitos dos trabalhadores.

"Correios fazem muito serviço social. A população tem que saber que os Correios prestam serviço social para a comunidade lá no interior, no final do Paraná. Na cidade que não vai ninguém, os Correios estão lá fazendo o seu trabalho social, entregando os livros didáticos, por exemplo. Na enchente no Rio Grande do Sul, os Correios prestaram serviço, mais de 10.000 caminhões desceram para lá, não teve nenhum custo para o governo estadual, nem municipal e nem federal.", reforçou o trabalhador.

Durante a manhã desta sexta, a equipe do D´Ponta News também conversou com outras lideranças do Sintcom/PR, como Diego Henrique, assessor de comunicação da instituição. Em sua fala, Diego explica todo o processo que levou a declaração de greve por parte dos trabalhadores.

Clique no link e saiba os detalhes sobre a greve dos trabalhadores dos Correios - Funcionários dos Correios entram em greve em Ponta Grossa; entenda.