Lula decidiu demitir o ministro do Turismo, Celso Sabino, após a expulsão dele do União Brasil e em meio à pressão da sigla para retomar o comando da pasta.​ A saída de Celso Sabino foi anunciada por Lula ao fim de uma reunião ministerial em Brasília, nesta quarta-feira (17), em um movimento articulado para recompor a base de apoio do governo no Congresso.

Sabino havia sido expulso do União Brasil no início de dezembro, após descumprir a determinação do partido para que todos os filiados deixassem cargos no governo federal depois do rompimento formal da legenda com o Planalto.​

Crise no União Brasil

A crise começou quando o União Brasil decidiu desembarcar da base governista e deu prazo para que ministros e demais ocupantes de cargos comissionados entregassem suas funções, sob pena de infidelidade partidária. Celso Sabino optou por permanecer no Ministério do Turismo, o que motivou um processo interno que resultou em sua expulsão pela executiva nacional da sigla.​

Mesmo expulso, Sabino continuou no cargo até a definição política sobre seu sucessor, enquanto a ala governista do União Brasil pressionava Lula para devolver o ministério ao partido. Integrantes da legenda argumentavam que uma indicação alinhada à bancada ajudaria a manter cerca de metade da bancada ainda votando com o governo na Câmara, apesar do rompimento oficial.​

Quem deve assumir a pasta

O nome cotado para assumir o Ministério do Turismo é o de Gustavo Feliciano (também referido como Gustavo Damião), ex-secretário de Turismo da Paraíba e filho do deputado federal Damião Feliciano (União Brasil‑PB).

A indicação é atribuída ao próprio União Brasil e foi confirmada por lideranças da sigla, que veem na nomeação uma forma de preservar espaço no governo e fortalecer a governabilidade de Lula no Congresso.​