há 9 horas
Amanda Martins

O dólar teve leve alta de 0,11% nesta sexta-feira (12), encerrando o dia cotado a R$ 5,41 e mantendo, na prática, estabilidade frente ao real. No mesmo horário, às 17h01, o Ibovespa avançava 0,96%, atingindo 160.676,77 pontos e destoando do desempenho negativo das bolsas norte-americanas.
A movimentação do câmbio no Brasil acompanhou em grande parte o cenário externo. O índice DXY, que mede a força do dólar ante seis moedas fortes, também registrou alta discreta de 0,07%, aos 98,42 pontos, por volta de 16h30. Já em Nova York, os principais índices operavam em queda: S&P 500 recuava 1,10%, Dow Jones 0,48% e Nasdaq 1,58%.
No mercado interno, o economista-chefe da Forum Investimentos, Bruno Perri, destaca que os investidores receberam bem os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada nesta sexta. O levantamento mostrou retração no setor. Para parte do mercado, a desaceleração da atividade pode influenciar o Banco Central a considerar um corte da Selic já em janeiro, hipótese da qual Perri discorda após o tom duro do Copom na última quarta-feira (10).
O cenário político também pesou nos negócios. Segundo Perri, sondagens eleitorais indicando avanços de candidaturas de centro-direita ajudaram a animar investidores. Ele cita a pesquisa Futura/APEX, que aponta possível vitória de Tarcísio de Freitas em um eventual segundo turno, e a declaração de Michelle Bolsonaro sobre aceitar a vice em 2026, movimento visto como favorável pelos agentes econômicos.
Especulações eleitorais incluíram ainda articulações envolvendo Gilberto Kassab, que teria avaliado uma chapa formada por Ratinho Jr. e Romeu Zema como alternativa ao nome de Flávio Bolsonaro, cuja pré-candidatura, anunciada pelo pai, provocou forte volatilidade no mercado no chamado “Flávio’s Day”. No noticiário institucional, operadores acompanharam também a retirada de Alexandre de Moraes, ministro do STF, da lista de sanções da Lei Magnitsky, medida anteriormente imposta pelos Estados Unidos.